domingo, 15 de setembro de 2013

Início do ano lectivo

Foi com grande entusiasmo que, na sexta-feira, regressou à escola. Mas para a sala dos crescidos! Anda "inchadíssimo" por já ser crescido, vai dizendo: "olha, eu já consigo fazer isto tudo sozinho!" seja arrumar, subir para o escorrega dos grandes, etc... De vez enquando, quando dá jeito, diz: "mas eu ainda sou pequenino!" Não está errado! Está muito crescido (ás vezes penso que até demais para a sua idade), mas ainda é pequenino!

Não foi preciso fazer grandes preparações para a entrada na pré. Houve algumas reuniões com a educadora, uma geral com todos os pais e outra comigo,  a educadora e a professora de apoio da intervenção precoce. Nesta última o "crescido" esteve presente, conheceu a sala e a professora, claro que as atenções foram para a garagem e para o abecedário que estava na parede. A primeira impressão da educadora foi excelente!

No primeiro dia lá ficou na garagem e quando o fui buscar, passado 2 horas, estavam no recreio a ouvir uma estória e a cantar. O bocadinho que assisti, de longe, estava ele a fazer com a sua mão um avião a voar (ultimamente palhinhas, canetas ou qualquer coisa serve para fazer de carro, metro ou avião!) Puff... Não me pareceu que estivesse com atenção à professora! Isto sim me preocupa! Todos estavam a ouvir a estória e ele de braço levantado a fazer um avião a voar!!! Digam-me, é ou não é caso para uma mãe se preocupar?! Eu sei que todas as mães se preocupam com o inicio da escola, com os primeiros dias, se eles gostam, se ficam a chorar, se vão comer, etc, etc. Na verdade, pensando bem, eu nem sei o que preocupa as outras mães porque a minha preocupação é só uma: ele está ali com os outros ou está ali "sozinho"?! Enfim... hoje definitivamente não estou nos meus dias! Quem se sente sozinha sou eu! Parece que ninguém me compreende, estou fartinha da frase "todos são assim!" NÃO, NÃO SÃO!! PORRA!! E eu queria ter tido um que me tivesse chamado mama aos 14 meses, mais coisa menos coisa, que tivesse alinhado nas brincadeiras, que me desse beijos e abraços espontaneamente, com vontade, e sem ser só porque foi ensinado!!

E não me interpretem mal, eu adoro-o, não queria outro, queria que ele fizesse tudo o que os outros fazem, o bem e o mal... e Isto só quem tem um filho diferente é que compreende!

3 comentários:

  1. Só para dizer que com a idade do seu eu teria escrito este post. Hoje com 5 anos os abraços espontaneos e beijos são a toda a hora (quase que me afoga) e declarações de amor que me deixam embevecida. Já não me preocupa ele estar sozinho pois ele próprio diz que não quer estar a brincar sozinho e que vai buscar um amigo para brincar. Já entra nas brincadeiras todas apesar de por vezes ainda de forma meio atabalhuada mas há-de lá chegar.

    Demora mais tempo. Muito mais. Não é aos 14 meses que nos chamam de mamã, se calhar é aos 24. Não é aos 3 anos que começam a brincar com os outros e a alinhar nas brincadeiras, se calhar será aos 5.

    Mas a verdade é que quando o fazem nos enchemos de um orgulho tão grande e é tão maravilhoso ver as diferenças que já foram tão grandes face aos outros irem-se esbatendo. Apesar de continuarem algumas particularidades que tenho a certeza que com o tempo serão confundidas com traços de personalidade.

    Ele há-de fazer tudo o que os outros fazem. Só que vão demorar um pouco mais... Ou não, pois tb não me lembro de ver os outros a fazer puzzles de 100 peças com 1 ano, aprender o abecedário com 2 anos, a saber que um caracol é um gastrópode com 3 ;) Ás vezes também temos que olhar para aquilo que é diferente pela positiva e que nos surpreende. Aquilo que temos tendência a esquecer pois tudo o resto, a parte má, é aquilo que nos persegue.

    Beijos

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    1. Neste momento não vejo nada de positivo em ele contar até 30 ou saber o abecedário. Trocava isso tudo pelas outras coisas! Acho que estou mesmo deprimida!
      Mas obrigada pela força. Poucas são as mães que compreendem o que escrevo, tenho a certeza!
      beijinhos

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    2. Oi, também estou péssima para "puxar pra cima", mas deixo-te um grande beijinho!
      Como te compreendo...

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