quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ficar calada!

Não sei se faço bem se faço mal.

Ás vezes é muito difícil ficar calada mas outras acho que é melhor, epá não vale a pena!!

Nalgumas situações não adianta tentar esclarecer, há pessoas que simplesmente já formaram a sua opinião e nenhum argumento as convence do contrário. Exemplos:

1º filho com 39,9º de febre, só de t-shit, calças de algodão e meias...
"tem de lhe vestir um casaco, coitadinho, assim arrefece e fica pior" - não vale a pena explicar o mecanismo da febre, já tentei umas 10 vezes e a discussão é sempre a mesma... Fica sem casaco e passam-me um atestado de desnaturada, teimosa e intransigente.


2º "Não noto nada no seu filho... Conheço outros da mesma idade que falam muito pior e não andam na terapia da fala!" - Esta vinda de uma médica, é que não vale a pena mesmo!!
Cheguei a uma fase que acho que já sei mais de PEA que muitos médicos, principalmente os de clinica geral! Mas dado o seu posto nem tento argumentar porque é que ele precisa da terapia.
Ainda me disse "ainda bem que agora ele passa mais tempo com o pai..." Ok, pareceu-me que estava quase a insinuar que o problema dele fui eu.... mas fiquei calada, nem tentei averiguar as suas intenções. Já não é a primeira vez, também já me disse que ele quando está com o pai parece outro, mais à vontade (é o que faz viver numa cidade relativamente pequena e agora a medica de família ser também a da outra família, quase que nos encontrávamos todos na sala de espera!!)
 A única coisa que lhe disse foi que realmente ele comigo é diferente, tal e qual como todos os outros dentro da normalidade, tem um comportamento em casa de experimentar, de testar limites (comigo com quem realmente está mais à vontade) e outro na escola e com as pessoas com quem tem menos à vontade (é mais obediente e bem comportado)!

Custa-me que avaliem as PEA desta maneira, quer para diagnosticar quer para não diagnosticar. Não é num bocadinho, em 20 minutos num consultório médico, com meia dúzia de palavras que se chegam a essas conclusões.

Fico calada, não adianta e não ando com força suficiente para gastar nestas "batalhas"!

terça-feira, 15 de abril de 2014

choraminguices, mimalhices e coisas que tais!

Uma amigdalite + rinite =  principio de bronquite! Como?
Não se assoando e não tossindo de forma a sair a expetoração.
Pois, assoar continua a ser difícil, assim como o cuspir e até o assoprar convenientemente. Acho uma graça quando os médicos dizem "tem de o ensinar!" Desconhecem as minhas tentativas...

Enfim...

Com isto e mais uma temporada com a avó paterna e a tia, com infantilização no seu melhor, o resultado é um mês de terapias que foram à vida!
Só chora (umas vezes com e outras sem lágrimas) ora é para que lhe limpem o nariz, ora é porque quer ver os bonecos, ora porque não quer não sei o quê!

Falar é telegráfico:

M: Mas o que foi agora, tás a chorar porquê? (a fazer de conta que não vejo o ranho a sair do nariz...)
F: nariz!
M: Nariz? tens ranho?

ou
F. a chorar e a apontar para a tv
M: mas o que eu foi?
F: bonecos (a apontar para a tv)

Lá lhe explico, pela milésima vez, que  tem de falar, que tem de pedir como deve ser...E penso, há pessoas ignorantes que não compreendem o mal que fazem!!
 Irra!!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Oficialmente divorciada!

E foi assim que acabou a história de um casamento breve que durou 4 anos no papel. Sim, no papel, porque na realidade não consigo dizer quanto tempo durou, muito pouco mesmo, acho que foi até o meu filho nascer. A partir daí a intimidade mudou, a paciência mudou, a tolerância acabou!

Não foi de forma indiferente que ouvi a conservadora ler a acta do divórcio, quase que me caíam as lágrimas. Foi a oficialização do fim de um sonho, de um sonho de uma família, feliz, com filhos, o sonho de ter um companheiro que me amasse e apoiasse, sempre!

Ele não é a pessoa por quem me apaixonei, não é o mesmo, não é de aspeto físico e, provavelmente, no seu interior nunca foi o que eu pensei.

Ele vai continuar a ser o pai, vamos ter de continuar com a parentalidade, com esta relação a dois que eu espero que dure para sempre. Nunca quis ser mãe solteira!

Mas também não queria sentir-me sozinha, e na verdade sinto-me bastante sozinha. Não tenho amigos com quem partilhar, com quem sair, com quem jantar, com quem rir! O que aconteceu?
Isto anda a transtornar-me... tantas vezes penso que tenho uma PEA nunca diagnosticada. Não sei... Ando nesta fase, sou autista!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Continuando...

Por aqui vamos andando...

A avaliação da educadora, do final do 1º  período, foi muito boa. Em resumo o menino  tem um comportamento adequado, conhece e acompanha as rotinas da sala e, bastante importante, começou agora a mostrar interesse pelo desenho, tendo começado o desenho das figuras humanas.

Em casa anda fascinado com aqueles desenhos com números para completar (seguindo os números) e gosta de colorir. Sempre vai treinando a segurar no lápis e a fazer pressão com o mesmo na folha.

Nas terapias tudo a correr bem, porta-se sempre bem, e colabora bastante nas atividades.

Anda conversador, brincalhão, na onda do desafiador... às vezes irrita-me! (como todos irritam as mães, penso eu...)

Em conversa noto ainda algumas dificuldades na espontaneidade e mantém-se nalguns tópicos, o último é os dos adultos e das crianças (não sei quê é adulto pode não sei quê... é criança isto e aquilo...) e lá se vai repetindo, ligeiramente... é como vos digo só eu é que noto!

De vez em quando ainda se prende nas rotinas "sábado é para isto, domingo é para aquilo.." basta repetir 2 atividades. No outro dia fez uma enorme birra porque era 4ª feira e fui eu que o fui buscar à escola. Há 2 semanas que ia para o pai à 4ª feira! Então, começou a GRITAR que queria o pai e "o que é que estás aqui a fazer?! Quero o meu pai!" Foi horrível, fiquei com cara de tacho! Chorou imenso, às tantas estavam todas as meninas da sala à nossa volta a perguntar porque é que ele estava a chorar. Enfim, cá fora ainda levou uma palmada no rabo porque me deu um pontapé! 

Mas tirando estes pequeninos aspetos, que já quase fazem parte da sua personalidade. Está um espetáculo!