sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Relatório

Depois de três semana de espera lá chegou o relatório. A primeira impressão foi uma desilusão.... tinha criado tantas espectativas sobre o mesmo, principalmente nas estratégias a adoptar. Afinal, resumia-se a uma folha A4 com uns tópicos!
Depois de ler, várias vezes, percebi que estava lá tudo. Tudo o que se tinha feito e falado na consulta, o diagnóstico: PEA atípica, altamente funcionante, em caracterização e a proposta de intervenção:
- Integração no ensino regular (já estava no infantário desde os 18 meses por indicação da pediatra);
- Intervenção precoce
       . comunicação aumentativa (propõe pecs) e programa de intervenção na limguagem (global) e comunicação
        . Actividades de psicomotricidade (potencialização das funcionalidades corporais)
- Reavaliação periódica.
Pareceu-me demasiado conciso, principalmente para nós pais que não percebemos muito sobre o assunto, mas pronto.
Segundo a nossa pediatra, a unica coisa que faltava na intervenção era começar a terapia da fala.
Foi o que fizemos... e, por sugestão da terapeuta da fala, pedimos à educadora para accionar a intervenção precoce no infantário para uma educadora de apoio.

8 comentários:

  1. Olá,

    Tenho uma filha com 3,3 anos e com PEA. Tenho acompanhado alguns blogs que também comentavas e aqui estou também a seguir o teu...
    Gostava de te perguntar que idade tem o teu filhote e que características é que tem para que o considerem "altamente funcionante".

    Beijinhos e obrigada,

    Angel mum

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    1. Olá, Angel mum!
      O meu filho tem 26 meses. Não sei responder muito bem à questão do altamente funcionante mas, pela forma como decorreu a consulta, do que falámos, interpreto desta forma: Ele é altamente funcionante porque faz tudo o que os meninos da idade dele fazem, no que diz respeito a autonomia pessoal e higiene e também em termos de capacidade cognitiva.
      Beijinhos

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    2. Olá,
      Coloquei essa questão porque nunca "situaram" a minha filha em termos de capacidade cognitiva; apenas me disseram que ela tinha potencial.
      Como disse anteriormente ela tem 3 anos e 3 meses e sei que ela está atrasada relativamente aos meninos da idade dela quer na compreensão, quer na expressão, capacidades motoras, etc. No entanto, penso que ela tem caracaterísticas positivas (não sei é se isso quer dizer que ela é de alto funcionamento): deixou as fraldas durante o dia quando fez 3 anos e 1 mês depois também as deixou à noite, sabe as cores, começou a falar aos 2,2 meses com palavras isoladas e neste momento já constroi frases de alguma complexidade (ex.: "A mamã foi às compras com a avó.")...
      Sei que o mais importante não são estas designações mas sim a intervenção e a superação das dificuldade que os nossos filhos apresentam mas como mães tentamos sempre descobrir quais é que são os indicadores de um bom prognóstico...

      Beijinhos,

      Angel Mum

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    3. Concordo, Angel mum! Mais importante que dar nomes e colocar rótulos é mesmo a intervenção, talvez por isso nunca tenha sentido necessidade de fazer essa pergunta à pediatra ou terapeuta.
      O meu menino também tem um atraso nas capacidades motoras, fala e interacção. D vez em quando diz qualquer coisa que se percebe mas é muito raro e não volta a repetir...
      Se dizem que ela tem potencial é muito bom, eu confio muito nos resultados das terapias.
      bjs

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    4. Infelizmente, e foi algo que tenho vindo a aprender, os prognósticos são mesmo impossíveis de efectuar antes da criança ter pelo menos uns 6/7 anos... Já vi casos em que foram considerados severos, que se auto-agrediam e tinham estereotipias graves e que os próprios médicos diziam que nunca iam falar e aos 6 anos estavam impecáveis sem qualquer sintoma de autismo, excelentes alunos e sociáveis. Sei de outros que não tiveram atraso na fala, até eram considerados sobre-dotados e têm agora 20 e tal anos e não conseguem ter uma vida independente...

      Por isso com o meu desisti de tentar encontrar um caso igual para comparar. O percurso de cada cérebro é completamente diferente e mesmo em gémeos idênticos, que partem da mesma base genética e têm o mesmo acompanhamento temos resultados completamente distintos. Basta ver uma reportagem que tenho no meu blog sobre o Gil e Afonso para entender...

      Enfim, para mal dos nossos pecados, prognósticos só no fim do jogo... há que esperar, não temos outra solução, e acompanhar o melhor que podemos.

      Beijos

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  2. O relatório inicial das minhas piolhas foi semelhante: muito sucinto e curto, focando exatamente os mesmos pontos. Só quando começaram a ser seguidas pelas consultas de autismo e neurodesenvolvimento - especificamnte - é que os relatórios passaram a ser mais extensos e a conter valores de avaliações e sugestões de trabalho e intervenção. Temos um que conta com 3 páginas A4 todas escritas...
    Boa continuação e força!

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  3. Sinceramente, quando falou que o relatório foi enviado por correio fiquei logo de pé atrás... E depois concordo consigo que esse relatório é extremamente incompleto e não dá directrizes suficientes para as abordagens a adoptar. No meu caso o meu filho foi avaliado aos 21 meses no Cadin e recentemente (tem 4 anos) novamente no Cadin, apesar de não estar a fazer lá agora as terapias. Em ambos os casos o para efectuar o relatório, a Drª Carla Almeida (que aconselho desde já, é fantástica), fez 2 sessões com ele. Aplicou ferramentas importantes de diagnóstico que permitem ver em várias escalas onde ele se situa, deu inquéritos para pais e educadora preencheram, falou connosco durante a avaliação e no final marcou reunião para durante 1 hora nos explicar tin-tin por tin-tin as conclusões do relatório e dar indicações das tácticas a implementar. O relatório não tem uma página A4, tem várias e vê-se que foi feito com todo o cuidado e analisando os vários dados das diversas fontes.

    Acho que é assim que faz sentido...

    Beijinhos

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  4. Olá Catarina,

    Eu ainda estou no inicio desta jornada, a minha piolha foi para o infantário e a educadora chamou-nos(aos pais) para nos informar que a minha pequena era diferente e que a ia sinalizar para o ensino precosse. Depois fui informada que as suspeitas recainham na PEA. Depois de ser sinalizada fui chamada ao infantário para uma reunião com a equipa do ensino precosse e com uma pessoa da segurança social. Mas depois dessa reunião ainda não houve mais desenvolvimentos....
    Como tal fui à medica de família e disse o que se suspeitava no infantário e agora a pequena vai a uma consulta para a médica fazer o relatório para ser reencaminhada para o hospital. Mas para dizer a verdade estou um pouco perdida porque estas coisas estão a demorar imenso tempo, só vou à consulta da médica para 24 de Agosto e penso na burocracia que ainda virá. E no infantário a minha piolha continua sem apoio nenhum, bem tirando da educadora que é excelente mas o certo é que não tem tempo para estar a ver as necessidades que a minha pequenina exige.

    Bjs

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