segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fim do ano lectivo

Bem não sei o é mas algo de estranho se passa neste blogue! Mistério!

De volta ao que interessa.

Fim do ano lectivo, da mãe e do filho. O da mãe, mais simples de resumir, acabou em beleza depois de uns meses de grande intensidade. Balanço: cadeiras todas feitas, a nota mais baixa foi 14 e a mais alta 18 (vários até! estou super orgulhosa de mim) nem eu sabia que podia ser tão boa aluna, a minha vida académica sempre rondou os 14 valores. Agora com 18 sei o que é ter boas notas e não quero outra coisa! Na verdade, foram uns meses de grande conhecimento, aprendi muitas coisas desde o funcionamento do corpo e mente humana, problemas de saúde (de linguagem e não só).
O ano lectivo do filho também acabou em beleza, com grande festa onde houve dança, canto e marchas populares. Principalmente, houve empenho, satisfação em participar e divertimento! Foi muito bom, mesmo, vê-lo em cima do palco, a tentar fazer as coreografias, a cantar, a adorar participar e ficar feliz das palmas no final!
Claro está que o meu olhar clínico descobre sempre umas pitadas de PEA no seu comportamento que escapam ao "comum dos mortais", como por exemplo: alguma rigidez nos seus movimentos, pouca agilidade, e a fala mais abebezada do que seria esperado.
Enquanto os outros pulam alto, dão rodas, mexem-se com grande desenvoltura, o meu filho dá uns pulinhos, roda e desequilibra-se, para ele coordenar os movimentos é um pouco dificil... Claro está que há sempre aqueles que dizem: "ah mas eles não são todos iguais uns assim outros assado..." ok ok, tudo verdade, mas não invalida que se dê atenção a esses pormenores e se estimule essas atividades... Muito importante a coordenação olho mão para o desenvolvimento, como por exemplo da aprendizagem da escrita e da ortografia (conhecimentos adquiridos no curso de terapia da fala!).

Quando vamos ao parque infantil vejo que os outros parecem uns macaquinhos a trepar pelos escorregas, etc, etc. é claro que todos caiem e logo a seguir levantam-se sem um ai. No caso dele um tropeçar e cair no chão é seguido de uma berraria!! No outro dia pensava mesmo que tinha torcido um pé ou partido, ou assim uma coisa mesmo muito grave tal era a gritaria... mas não.

Acho que ele próprio fica danado de não conseguir. Há alguns dias estávamos no parque, distraí-me à conversa e quando fui ver andava envolvidíssimo com uma miúda mais pequena que ele mas muito despachada, a tentar subir para os escorregas dos grandes. Ele precisa de ajuda para subir, ela conseguia sem dificuldades e ele também queria faze-lo sozinho! A frustação de não conseguir acompanhá-la foi grande, veio para casa bem triste, também porque não conseguiu convencer os outros a alinharem na brincadeira de eleição dele, que é fazer corridas. Começamos cedo a ser confrontados com as dificuldades da vida, como não conseguir levar a nossa à avante!! Faz parte!

A reunião de final do ano com as educadoras correu bem. Vai para a pré, continua com a educadora de apoio da intervenção precoce que esperamos que seja a mesma.
Com o pai vai tudo muito bem, no que diz respeito a gostar de ir para casa dele. Com a mãe e o pai é que vai de mal a pior. A paciência de ambos chegou ao limite: a dele comigo por eu andar sempre com recomendações do género: dá-lhe banho, lava as mãos, atenção às brincadeiras, repete bem as palavras não insistir nos erros, etc, etc. Fazendo uma autocritica sei que sou mesmo muito chata mas a minha tolerância atingiu o limite (ir para casa da ex-sogra assistir a mimalhices e brincadeiras pouco ou nada estimulantes ao desenvolvimento e repetir "coquetes" em vez de croquetes - é só um exemplo- tiraram-me qualquer réstia de paciência).

 Ah, e exigências do género: "já que vais para L. e vais levá-lo porque ele está doente vai para a minha mãe, para a avó e a tia o verem porque têm muitas saudades" porque "não há direito que esteja a privar a avó de estar com o neto", já é um bocado demais... O que não é direito é eu não poder decidir para onde quero ir com o meu filho, ora essa! Isso e ser relembrada que quem paga as contas é ele e que passa dificuldades para ter eu ter uma boa vida, aqui a humilhação já está a ultrapassar qualquer limite. Até porque ele não paga as contas todas!! Bem, de certeza que há "culpas" de ambas as partes, assim como faltas de consideração... A minha por ele é cada vez menor mas, na minha opinião, reflete a dele por mim... Se, há uns anos, me dissessem que isto ia acontecer eu não acreditava!
Certo é que um divórcio é um divórcio e custa sempre para caraças, mais de um lado do que de outro...
Tentar manter o discernimento e não tentar que as nossas discordâncias afectem o nosso filho é tarefa dificil mas principal.

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