sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Posso ajudar?

- Mãeee, anda bincar!! (com os carros)
- Não posso vou fazer o jantar...
- Posso ajudar?
- Claro, anda...

Lá foi por as mãos na farinha e partir ovos para fazer panados!

Uau!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dentista

Ontem foi dia de irmos à higienista oral.

Quando soube que os centros de saúde tem um higienista oral para crianças, falei com a médica de família para saber se podia marcar uma consulta. Não que ele se queixe dos dentes, nada disso, mas acho importante que se habituem a ir ao dentista para se familiarizarem com o aspecto das salas, cadeiras, instrumentos, luzes, etc. Eu detesto ir ao dentista, fico tensa, nervosa, é horrível! E vou desde pequena!

Portou-se muito bem! Não houve berros, nem gritaria...

Não queria ir. Dizia que lavava os dentes e por isso não precisava de ir ao dentista. Já dentro do consultório, a Dra, muito simpática perguntou se ele sabia quantos dentes tinha na boca. Ele começou a contá-los (pensei... números! Começou bem!).

Sentou-o na cadeira e começou as fazer perguntas sobre os dentes, como: "tu sabes porque o dente está triste?" (tinha alguns dentes em cartolina na parede, com caras alegres, apenas um com uma cara triste e uma cárie...) . A resposta dele era sempre a mesma "xim". Ele faz isso mesmo quando não sabe a resposta. Quando ela pos a cadeira a descer e reclinar para trás começou a ficar nervoso, com a vozita trémula. Ficou super tenso, esticado na cadeira e com uma cara de medo! (pensei: "Ui!!agora é que é! ele nem anda nos carros de por moeda"). Com a luz apontada à cara a coisa piorou... Mas aguentou-se firme a fazer o que a higienista pedia, como abrir a boca como o leão, etc... Ela lá contou os dentes uma a um (20 no tolal) e acho que isso o relaxou!

Quando terminou de examinar, ainda lhe tentou explicar a parte de bochechar e cuspir porque eu já lhe tinha dito que ele não conseguia faze-lo. Acho que ela pensou que era exagero meu, naquela, "ok, não sabe porque ainda ninguem lhe explicou". Mas depois de ter repetido a cena uma 7 ou 8 vezes e ele engolir sempre a água, desistiu e disse-me que ele ainda é muito pequeno e para ir exemplificando em casa. Coisa que eu faço todas as noites.

Não tem nenhuma cárie, os dentes estão alinhados, sem mordida aberta. Estão demasiado juntos o que pode ser indício de falta de espaço para a dentição definitiva, na qual os dentes são maiores. (pensei: "é melhor começar a poupar para o aparelho!").
  
Trouxe um diploma de bom comportamento e um desenho para pintar. (que nunca mais ligou). A recomendação foi lavar os dentes 2 vezes por dia, com pouca pasta e regressar lá daqui a 6 meses.

Uf, que descanso. Há crianças que tem cáries bem cedo, segundo a higienista, é por excesso de doces, por isso poucos doces e sumos, ou seja açúcares.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Será?

Livros

Hoje na fila da caixa do pingo doce "esbarrei" com o livro:
Não gosto do título. A primeira reacção foi "que palhaçada, isto é só marketing!" O que também revela o meu estado de espírito dos últimos dias... Mas lembrei-me de um video que já tinha visto, este!

Agora sei que a primeira vez que ouvi falar foi no blog da mãe do Diogo.

Bem. Pensei. Vou comprar! E vou ler!! Já cá está!

Ponto da situação!

Parece que o ralhete matinal surtiu efeito...

Não voltou a dizer que tem 4 anos!

Fui buscá-lo à escola, andava a jogar à bola sozinho... Disse-me "quero água!" Passou todo o dia a seco (aqui na nossa terra está bastante calor!), fiz com que fosse dizer à educadora que tinha sede. Fomos à sala para beber água, foi directo ao armário das garrafas mas não sabia qual era a dele, nem consegue desenroscar a tampa. Foi o suficiente para eu começar a pensar que ele não diz o que quer na escola...

Quando perguntei quem o ajudou a ir fazer xixi disse que foi sozinho! E Que fez de pé e não foi na sanita e que segurou na pilinha sozinho! Epá! Não sei se acredito! Em casa quer sempre ajuda (ou seja companhia) e sentado! Disse que comeu a maçã com casca, tentei saber se foi partida ou à dentada, diz que foi à dentada!!! Será?! Estou a achar muita autonomia!

Mas em casa foi uma maravilha, fizemos piza para o jantar e foi mesmo "fizemos" porque quis participar e esteve a acompanhar e a ajudar todo o processo (massa, molho e ingrediente - está bem que é na bimby e demora só uns minutos). Das outras vezes disse que sim, que ajudava mas não estava 2 minutos ao pé de mim. Para aproveitar o forno ainda fizemos uns "bolinhos" - biscoitos! Não houve fugas para a sala para ver tv!

Seguiu-se um duche, enquanto a piza estava no forno, que escolheu em vez do banho de imersão, já percebeu que assim é mais rapido e queria ir brincar... com os carros, pois claro!

Com isto tudo... estava mesmo a queixar-me de quê?!

domingo, 15 de setembro de 2013

Oposição

Algo me dizia que isto hoje não acabava bem...
Desde 6ª feira que anda a dizer que tem 4 anos (tem 3), veio da escola a dizer que tem 4 anos, que a professora disse que tinha 4 anos! Expliquei "n" vezes que a prof. se tinha enganado porque ele tem 3. Estas conversas, opositivas de que eu digo é "preto" e ele diz "não, é branco" são frequentes e normalmente acabam comigo calada, a desviar a conversa para outro assunto. Não digo que ele tem razão mas tenho a sensação que no fim ele acha que tem razão, que tem a palavra final!
Pois, hoje, resolvi que não seria assim, não foi uma decisão porque não foi racional, perdi a paciência. Porque raio tenho de me calar?! Eu sei que ele é a criança e eu sou adulta, mas será que é essa a atitude certa a ter nestas situações? Vou ter de pesquisar muito sobre o tema da oposição!
Começou à hora de jantar:
F: Quero uma bolacha!
M: Não pode ser, vais comer a sopa...
F: Mas eu quero (esta frase é repetida vezes sem conta!). Não tenho fome, como a bolacha e chega.
Atitude: ignorar e por a sopa na mesa... Foi comendo. O segundo prato foi comido com ajuda e a fazer do garfo um metropolitano... Raios, que paranóia!!! Ás tantas perdi a paciência, tirei-lhe o garfo e expliquei-lhe, ainda com alguma calma mas já com cara de poucos amigos que à mesa não se brinca, e se não traz carros para a mesa, os talheres também não são para brincar e sim para comer, blá, blá, blá!
Já não sei como a conversa foi parar à escola e para os 4 anos... E pronto lá vamos nós mais uma vez:
M:não tens 4, tens 3.
F: Não tenho nada , tenho 4! (isto dito com voz de choro, esganiçada, o que me irrita ainda mais!)
E entrámos numa espiral de tens 3, tenho 4, tens 3, tenho 4!! Deixei-o sozinho e fui respirar e tentar recuperar o discernimento. Veio atrás com a mesma conversa... disse-lhe que estava triste porque ele dizia que tinha 4 e sabia que tinha 3 e que já não queria mais conversa. Voltei para a mesa, comecei a descascar uma maçã e ele: "quero banana" "pois agora comes maçã e acabou" Acabaram-se as escolhas...
F: "Quero bolacha"
M: "Quantos anos tens?" "4", "então não há bolacha". "Enquanto continuares a fazer isso, a contrariar a mamã, não há bolacha."

E não houve bolacha, não houve bonecos, não houve nada do que ele quis, só houve uma grande birra, choradeira, queixinhas e vozinha de choro e uma grande dor de cabeça para mim...

Foi para a cama, sem histórias, normalmente são duas, a do menino e da menina. São histórias inventadas por mim, de situações da vida real cujos temas rondam sempre algo que se passou durante o dia. Passado um bocado, com ele mais calmo, contei a do menino que tinha um urso azul e que dizia que era verde, e que a mãe ficava muito triste por ele dizer as coisas ao contrário. Contei-a com um ar muito sério, sem expressão, ele quase que esboçava um sorriso, mas percebeu que eu não estava a brincar. Expliquei-lhe porque estava triste, e que por isso não conseguia contar mais histórias. Ainda me repetiu que não tinha 3 que tinha 4 anos! Passei-me outra vez e desta vez disse que se voltasse a repetir que lhe dava uma palmada no rabo porque isso não se fazia!! Deixei-o sozinho na cama e começou a chorar e a chamar-me para ficar ao pé dele. Expliquei mais uma vez que ficava triste por ele dizer as coisas ao contrario, porque ele sabia que tinha 3, que não tinha 4. Mais uma vez disse que quando fizesse 4, ía ter uma festa e receber presentes. Por fim, adormeceu. ~

E agora para além da dor de cabeça, sinto-me culpada por não ter conseguido manter a calma, e por não saber como lidar com estas atitudes opositivas...

Vou ter de perceber qual a melhor maneira de lidar com esta atitude de oposição.

Incongruências...

isto hoje está mesmo bom...
Apareceu-me isto no facebook: o meu filho recebeu um diagnóstico de autismo, o que fazer agora? para quem não tiver paciência de ler o artigo diz, entre outras coisas... "mas está longe de ser uma notícia ruim!" AHAHAHAHAH! Isto é para quê?! Devemos dar pulos de alegria?! Uau!!
Mas logo no fim da pagina aparece: artigos relacionados: Autismo recebe uma boa notícia vinda da universidade do minho , também para quem não tiver paciência ou tempo a perder a ler, diz que investigadores acreditam ter descoberto um possível tratamento para doenças que provocam alterações no comportamento como o autismo, parkinson e depressão!
Mas então? Ou eu sou asperger (e sou demasiado literal) ou uma notícia é boa ou é má! ou é boa ou é ruim! E se não é ruim porque é que querem encontrar o tratamento!!
Ora, @$#%&£!!!!!!

Início do ano lectivo

Foi com grande entusiasmo que, na sexta-feira, regressou à escola. Mas para a sala dos crescidos! Anda "inchadíssimo" por já ser crescido, vai dizendo: "olha, eu já consigo fazer isto tudo sozinho!" seja arrumar, subir para o escorrega dos grandes, etc... De vez enquando, quando dá jeito, diz: "mas eu ainda sou pequenino!" Não está errado! Está muito crescido (ás vezes penso que até demais para a sua idade), mas ainda é pequenino!

Não foi preciso fazer grandes preparações para a entrada na pré. Houve algumas reuniões com a educadora, uma geral com todos os pais e outra comigo,  a educadora e a professora de apoio da intervenção precoce. Nesta última o "crescido" esteve presente, conheceu a sala e a professora, claro que as atenções foram para a garagem e para o abecedário que estava na parede. A primeira impressão da educadora foi excelente!

No primeiro dia lá ficou na garagem e quando o fui buscar, passado 2 horas, estavam no recreio a ouvir uma estória e a cantar. O bocadinho que assisti, de longe, estava ele a fazer com a sua mão um avião a voar (ultimamente palhinhas, canetas ou qualquer coisa serve para fazer de carro, metro ou avião!) Puff... Não me pareceu que estivesse com atenção à professora! Isto sim me preocupa! Todos estavam a ouvir a estória e ele de braço levantado a fazer um avião a voar!!! Digam-me, é ou não é caso para uma mãe se preocupar?! Eu sei que todas as mães se preocupam com o inicio da escola, com os primeiros dias, se eles gostam, se ficam a chorar, se vão comer, etc, etc. Na verdade, pensando bem, eu nem sei o que preocupa as outras mães porque a minha preocupação é só uma: ele está ali com os outros ou está ali "sozinho"?! Enfim... hoje definitivamente não estou nos meus dias! Quem se sente sozinha sou eu! Parece que ninguém me compreende, estou fartinha da frase "todos são assim!" NÃO, NÃO SÃO!! PORRA!! E eu queria ter tido um que me tivesse chamado mama aos 14 meses, mais coisa menos coisa, que tivesse alinhado nas brincadeiras, que me desse beijos e abraços espontaneamente, com vontade, e sem ser só porque foi ensinado!!

E não me interpretem mal, eu adoro-o, não queria outro, queria que ele fizesse tudo o que os outros fazem, o bem e o mal... e Isto só quem tem um filho diferente é que compreende!

Coincidências... ou não!

Quando me separei alguém (eu sei quem mas não interessa) me disse: "prepare-se porque ele vai fazer tudo igualzinho com a outra." Não estava errada!

Que tal casarem em dezembro e convidarem-me para madrinha?! Já que o filho/a que aí vem até vai nascer em março! Hum?!

É caso para dizer que já vi este filme. Mas saí a meio, a protagonista não ia bem nesse papel. Pode ser que agora consiga assistir ao final feliz...



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Bochechar, cuspir... e outras dificuldades!

O miúdo não consegue cuspir (esculpir, como ele diz!! ahahah!), bochechar e nota-se dificuldades em fazer aquele brrrr com os lábios (não sei o que lhe chamar). Soprar também sempre foi dificil de entender, mas com as velas de aniversário a coisa deu-se... Também não consegue assoar-se.

Alguém tem ideias, truques para ensinar?

O bochechar e cuspir dava jeito para lavar os dentes como deve ser... Come a pasta, que é pouquissima já por esse motivo. No entanto faz os gestos de bochechar e cuspir.

Esta dificuldade irrita-me, ele é tão inteligente mas não consegue seguir a indicação "não engole". Acho que ele não percebe o engolir!! 
Por outro lado já estou farta de rir nas nossas sessões de casa de banho antes de dormir!